Refletir sobre a arte indígena, os propósitos da educação, a relação do índio com o meio social e sua cultura. Essas são as principais propostas da Semana Cultural Indígena, aberta nesta terça-feira (8) no Colégio Estadual Teko Ñemoingio, da Aldeia Tekoha Ocoy, em São Miguel do Iguaçu. O prefeito Claudio Dutra participou da solenidade de abertura juntamente com o cacique, Daniel Miri Lopes; o diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich; a diretora do colégio, Cleonice Nunes Fhey, representantes do Núcleo Regional de Educação, presidente do legislativo, Edson Ferreira, secretários municipais e demais autoridades.


Alunos de escolas de São Miguel, Foz do Iguaçu e de Toledo prestigiaram a abertura do evento e conheceram de perto um pouco mais sobre a cultura indígena. “Viemos aqui com o colégio pra ver como é a cultura dos índios, é muito diferente o jeito que eles dançam, como moram e se vestem”, confessou a estudantes iguaçuense Sahra Abdal Majed que é descendente de palestinos.


A criançada não resistiu: quase todos saíram da aldeia com um arco e flecha ou penas coloridas nos cabelos.


O evento também atrai estudiosos que pesquisam sobre a vivência e a cultura indígena. “Eu venho para perceber a integração dos povos guaranis com os demais. Antigamente se entrava em uma aldeia e percebia-se a movimentação indígena da forma como ela ocorria, hoje essa manifestação cultural tem dia e hora pra acontecer,” observou Sônia Inês Vendrame, doutora em comunicação e professora da UDC. A temática indígena foi abordada em sua tese de doutorado, analisando a influência da televisão e da internet na vida cotidiana das aldeias.


Em sua 13ª edição, a Semana Cultural Indígena traz em sua programação apresentação de danças, lendas indígenas, teatros, palestras, trilha ecológica, venda de artesanato guarani e plantas medicinais. Segundo diretora do colégio, este ano o evento buscou apresentar diferentes atrações. “Visitamos todos os colégios do município para convidar alunos e professores a prestigiarem a nossa programação. Temos muitas turmas agendadas para nos visitar”, comemorou Cleonice.


O cacique Daniel disse que sem a colaboração de parceiros, como a Prefeitura e a Itaipu, e o empenho de professores e alunos o evento não seria possível. “O nosso objetivo é contar um pouco sobre a nossa cultura, lembrando nossas lutas”.


Nelton Friedrich lembrou que em 2003, quando o Programa Cultivando Água Boa, chegou à aldeia haviam crianças subnutridas e outros problemas. “Hoje temos escola bilíngue, posto de saúde e famílias com uma média de seis filhos e com saúde. Melhoramos, mas temos que melhorar muito mais, nesta parceria entre governos municipal, estadual e federal, iniciativa privada e comunidade”.


O prefeito parabenizou a todos pela organização da Semana Cultural Indígena. “Sempre que viemos aqui aprendemos muito sobre a vida e os costumes indígenas. Temos por obrigação fazer a nossa parte para atender bem esta comunidade. Nos orgulhamos em dizer que temos e convivemos com uma aldeia indígena em nosso município”,  concluiu Dutra.


Em 2013, a Semana Cultural Indígena atraiu mais de 5 mil pessoas. A meta para este ano é achegar a 6 mil.

 

 

 

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO IGUAÇU


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