Quando assumiu a administração, o prefeito de São Miguel do Iguaçu, Claudio Dutra, determinou que fossem apuradas medidas a serem tomadas para evitar que a população que vive em áreas de risco continuasse sendo prejudicada com as enchentes. A solução encontrada foi a limpeza e o desassoreamento do leito dos rios Leão e Pinto, que cortam a cidade, para aumentar a vazão.

 

Ontem (9), Dutra, seu vice Mauro Remor e o chefe regional o IAP, Márcio Moreira, visitaram os locais de maior incidência da água da chuva. Também ontem o prefeito recebeu a autorização do Instituto das Águas, documento que ainda faltava para o início dos trabalhos. Com a autorização em mãos, o prefeito exigiu o início imediato dos trabalhos de dragagem dos rios Pinto e Leão, que começaram na mesma tarde, na região do Jardim Social.

 

Hoje os trabalhos prosseguem com duas escavadeiras hidráulicas desassoreando e alargando o leito dos rios. Uma barreira de concreto construída onde funcionava uma antiga estação de tratamento de água, que também impedia o escoamento da água, foi destruída. A medida deve solucionar o problema das 186 famílias ribeirinhas que sofrem com a cheia dos rios.

 

Autorização – Toda intervenção a ser feita na natureza deve ser comunicada e autorizada pelo IAP – Instituto Ambiental do Paraná e pelo Instituto das Águas. Em junho de 2013, o vice-prefeito Mauro Remor e o secretário de Obras e Viação Orivaldo Malaggi reuniram-se com representantes do Instituto das Águas e, juntos, percorreram pontos críticos da cidade, para que os problemas fossem identificados. “Quando se mexe no leito de um rio, acaba-se por alterar seu curso original do mesmo, e o Instituto das Águas é o órgão que autoriza este trabalho. Fizemos os projetos de dragagem conforme fomos orientados e hoje, um ano depois, estamos vendo o resultado de todas as nossas conversas e planos”, comenta Maurão.

 

Segundo o prefeito Claudio Dutra, o Município agora estuda a realocação dos ribeirinhos. “Estamos aguardando a liberação da Caixa para implantarmos um novo loteamento com 500 casas. Só assim iremos retirar definitivamente essas famílias das áreas verdes. Em seguida, vamos fazer a reserva legal e impedir que esse pessoal volte ou que famílias de foram se instalem nestas áreas”, explicou o prefeito, já que frequentemente a Secretaria de Assistência Social registra a chegada de novas famílias que constroem moradias próximo às encostas de rios, oriundas de outros municípios e principalmente do Paraguai.

 

Soluções – Um completo Plano de Ações está sendo desenvolvido pela prefeitura para que os são-miguelenses não passem mais apuros com a água. Há exatamente um ano, máquinas retiraram grande quantidade de entulhos que impediam a passagem da água por debaixo da BR 277, no Barro Branco – bairro que fica às margens da rodovia. Dos quatro dutos subterrâneos que atravessam a 277, três estavam entupidos com todo tipo de lixo: barras de ferro, garrafas, galhos e até mobiliário.

 

Neste bairro, historicamente, dezenas de famílias perderam tudo por diversas vezes.  “Recordo quando, em 2005, a água no Barro Branco subiu mais de um metro e meio. Fizemos campanhas no rádio para arrecadar donativos; muita gente sofreu,” relembra o radialista Paulo Marques que, na época, trocou sua tradicional programação musical de domingo a tarde para acompanhar a situação dos afetados. Após a limpeza das galerias nenhum alagamento foi registrado mais naquela localidade.

 

 

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Josnei Wolfart
Atualizado às 17h27


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