A Secretaria de Saúde de São Miguel do Iguaçu promoveu uma capacitação nos dias 21 e 22 sobre violência doméstica.  O curso envolveu profissionais do setor público e entidades como Corpo de Bombeiros, SAMU, Conselho Municipal de Saúde, Conselho Tutelar, Secretaria de Educação, pedagogos, psicólogos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, odontólogos, médicos, entre outros profissionais.

 

A advogada Jalusa Silva de Arruda, que é professora de Direito da Criança e do Adolescente, Direito Civil, e Direito do Idoso pela UFBA e UNEB, ministrou a capacitação. Além de discutir a violência doméstica contra a criança e o adolescente, mulher e idoso, os participantes também trabalharam o encaminhamento, com estudos de casos reais. “A proposta é capacitá-los em como atender esses casos, como encaminhar e proceder para combater a violência doméstica, mas também para garantir o direito dessas pessoas que sofrem a violência”.

 

Segundo Jalusa, o serviço de saúde geralmente é o primeiro a ser procurado pela pessoa que sofre algum tipo de violência. “Os profissionais de saúde devem estar aptos a identificar essas situações, ainda que a pessoa que os procure não vá com o discurso de violência. Existem encaminhamentos específicos inclusive para responsabilizar quem cometeu essa violência”.

 

Durante a capacitação, os participantes também debateram sobre a importância do preenchimento da ficha de identificação obrigatória, que ainda será implantada em São Miguel para notificar todos os casos de violência. “Ainda não temos no País um banco único de dados para computar esses casos, temos apenas uma dimensão desse problema”, frisou a professora.

 

De acordo com a assistente social da Saúde, Renata Eli Gonçalo, que coordena o setor de Violências, a capacitação faz parte de um projeto da Secretaria de Saúde que busca, entre outros objetivos, sensibilizar os profissionais sobre o tema. “De janeiro a junho deste ano, segundo o Ministério da Saúde, São Miguel tinha apenas 54 notificações de violência, no entanto elas acontecem todos os dias, todas as horas”, apontou a assistente social.

 

 

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
 


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